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O ministro da Educação, Milton Ribeiro, voltou a atacar o ensino universitário neste sábado (21/8) durante evento em São Paulo. Segundo ele, muitos que recorrem ao financiamento estudantil para frequentar universidades não conseguem pagar as parcelas pois “não têm emprego” depois de formados.

“Que adianta você ter um diploma na parede, o menino faz inclusive o financiamento, que é um instrumento útil. Depois ele sai, termina o curso, mas fica endividado e não consegue pagar porque não tem emprego”, questionou o ministro.

Na ocasião, Ribeiro voltou a defender o ensino técnico profissionalizante. "O Brasil precisa de mão de obra técnica, profissional, gente com capacidade e é nesse foco que eu quero mirar agora neste restante de mandato do presidente. Escolas profissionalizantes. E aí depois o moço ou a moça, elas fazem esse curso, arrumam um emprego, e aí depois elas falam assim: 'Olha, o que eu gostaria mesmo é de ser um doutor. Eu fiz um curso técnico em veterinária, já tenho meu emprego, mas eu quero ser um médico veterinário'. Pronto, aí ela tem condição de ela mesma prover a condição de fazer esse curso numa universidade depois. Mas sai empregado", argumentou.

Não é a primeira vez que Ribeiro questiona o ensino universitário amplo. Recentemente, o ministro afirmou que a "universidade deveria, na verdade, ser para poucos". Ele também defendeu que as verdadeiras "vedetes" (protagonistas) do futuro sejam os institutos federais, capazes de formar técnicos.

O ministro afirmou que, em países como a Alemanha, poucos fazem universidade. “Tenho muito engenheiro ou advogado dirigindo Uber porque não consegue colocação devida. Se fosse um técnico de informática, conseguiria emprego, porque tem uma demanda muito grande”, disse.

Em polêmica mais recente, o ministro da Educação afirmou que há crianças com “um grau de deficiência que é impossível a convivência”. Na sequência, se desculpou e disse que foi “erro de expressão”.

No evento deste sábado, um grupo de estudantes fez um protesto contra o titular da pasta e por mais acesso à educação, e foi retirado à força pela Polícia Militar do portão do local. Com cartazes e aos gritos, os manifestantes pediam por mais oportunidades nas universidades e uma garantia de acesso à internet para alunos de baixa renda. Em um dos cartazes, havia a seguinte mensagem: "Ministro, porque você odeia os estudantes?"



fonte: Aratuon